sábado, 30 de julho de 2011

já chorando adormeci...

Já rociei o orbe,
onde habitam
meus duendes e reis.

Por lá, entre os reflexos doirados
dos cristais,
que enfeitam meus sonhos,
pude encontrar-me risonho,
com muitos dos meus,
que se fizeram parcelasda brisa,
que por lá mansamente desliza...

Foi bom enquanto pude...
cantei, bailei.
Mesmo denso em casulo,
movimentei-me com a leveza do etéreo...
não vi melindres, misérias, mistérios.

Enquanto voltava,
a mágica ode silenciou...
senti-me denso novamente.
O sol,
quando à terra retornei,
fazia-se parceiro do fogo,
tamanha a intensidade do calor.

Corri,
me alinhei
sob a sombra da amendoeira,
e já chorando de saudades,
adormeci.

josemir(aolongo...)

no que se predispos a acontecer...

Não apaguei meus rastros...
tampouco escondi-me
do brilho dos astros.
Apenas parti.
Simplesmente fiz-me
seguir,
assim como seguem
as águas,
isentas de mágoas.

Não recolhi meus
traços e nacos.
Não me omiti,
entre hiatos, pitacos.
Apenas silenciei-me.
No que se predispôs
a acontecer,
optei por aquilo
que de melhor
podia fazer...

josemir(aolongo...)

fue repentino...



Fue repentino ...

Un comienzo.

Una nota sobre el acto,

que el espacio entre


y la brecha,
alguien en mí

creció.



Tan frío ...

todavía me hace

infantil.

Sigue soñando

con mitrenzas.

Despertar

hizo un enemigo del rey.



Confieso también

Yo no sé nada.

Eso fue rápido.

Sigiloso.

Fue un pase

tiempo completo.

Me perdí ...

ni siquiera conozco.

Pasó.



josemir(aolongo...)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

o moço não canta mais...

A voz… a paz…
a mesma esquina
onde dividia minha sina,
recontando histórias…
revestindo sonhos…

Hoje passei por lá…
esquina havia,
histórias e sonhos
perderam-se num tempo,
onde o tempo vero estancou….

A voz… a paz…
a esquina hoje abriga o silencio.
O moço não canta mais…

josemir (ao longo…)

muitos anos luz nos separam...

Talvez eu precise assumir o que em mim,
por vezes se aflora, pelas ruas, vielas...
sim, eu sou mais uma delas.
Uma dinamica saltimbanca, que não se atrela.
Que não se deixa perder entre lacunas ou hiatos.
Meus quereres viajam livres pelas trilhas que vivi,
sou um intenso ir e vir, um constante seguir.
Não ato meus atos, não deslizo em batéis,
por acidentados riaçhos, onde meus dedos,
podem perder-se, assim como os anéis.

Pra saberes de mim,
preciso será muitos mais que um algo qualquer afim.
Talvez minhas respostas sejam meus sorrisos,
que embalados pelos sons dos guizos,
também se assumem, no direito de chorar.
Minha definição de ser,
perspassa o contexto incoerente
e pousa nos ombros dos seres e nos pingentes,
que abeiram meus caminhos livres, porem perigosos.

Talvez jamais assumas o que em mim se faz solidificar.
É, que embora tenhamos vindo do mesmo lugar
muitos anos luz nos separam...
uma distancia de essencia milenar.
Por isso, o motivo que me leva a andar só...

josemir(aolongo...

terça-feira, 26 de julho de 2011

nada se faz fluir em minha cidade... (Volta Redonda)

Tudo se desfaz em minha cidade...
até as ilusões de criança.
Os mandantes, gastam a rodo.
Empilham e espalham nas ruas,
promessas retrógradas. inúteis.

O povo aplaude.
Não sei se por falta de coragem,
ou por estar engajado a uma politica de fachada...

Nada flui em minha cidade, nem o trânsito.

josemir (aolongo...)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

adejando pelo céu azul dos teus sonhos...

Toca-me ou leva-me...
resvala teus lábios nos rastros de minhas palavras,
e ensina-me a recomeçar... do fogo.

Quem sabe após tocar-te,
eu consiga adejar pelo céu azul
dos teus sonhos livres feito astros?

Canta e conta tuas canções e causos.
Embeveça-me, inserindo-me em teu fascinio,
revivificando minha saga de poeta,
trazendo pura inspiração pra adornar meu raciocinio.

Mira-me ou me ignore.
Mas nunca deixes que eu implore
pra estar e habitar os quereres teus...

No mais, que eu me empenhe em estar contigo,
feito alegrado ser antes sofrido,
que conseguiu abrigo,
ao perceber poder amar-te...

josemir (aolongo....)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

busco-me, sem essa de crise existencial...

Nem sei... em verdade, minhas pseudo verdades ganharam tons místicos. Não sei se ao contorcer-me em corpo, no ritmo dos espasmos pré admitidos, eu retiro o que se faz etéreo em minhas formas todas. Não quero menear pelas margens lodosas de meus pantânos escondidos. Sei da minha escuridão. A concebo, embora não a aceitando, e sim assumindo-me um mutante. Não caminho pelas avenidas com a avidez daqueles que visam descobrir boas ou más novas. Consinto-me um tanto quanto acuado, feito uma presa preparando-se para uma repentina fuga. No resto, meu rosto impregnado por rugas temporárias, assume um ar circunspecto, e afere-se, quem sabe no futuro, novos sorrisos. Mesclo-me à multidão. Perco-me entre os desejos vários, que assumem seres e comportamentos. Opto pelo meu caminho, embora as opções estejam assustadoramente escassas. Não me nego a falar, mas muito mais que isso, penso. Plasmo meus pensamentos. Deixo-os construídos para poder obter respostas, quando indagado. Diriam os mais "brilhantes", que tudo isso não passa de uma crise existencial. Fislosofia rara e falha. Ninguém faz-se crise, quando procura soluções. Crises são sinonimos do estagnar-se em filosofias vazias. No todo, o que realmente faz-me crescer em espirito, é a vontade indômita de procurar voar. O que sobra, são as migalhas perspontadas por temas e conceituações vazias.

josemir(aolongo...)

o tempo...

O tempo...
inexorável, visivel e veemente tempo.
Um algo maior, que nos habilita
a saber que a necessidade é infinita,
assim como o são os desejos, os prazeres.

O tempo...
algo tido como indescritível,
para quem lhe desacretida.
Mas singelo e absolutamente crível.
Cabal... pleno.

O tempo...
um advir bendito,
que nos coloca face a face
ante nossas verdades e mentiras...

o tempo...
aquele que tudo desvenda.
Aquele que tudo desnuda.
Aquele que nos domina,
e irreversivelmente nos muda.

josemir(aolongo...)

a mesma rua...






A rua, agora abrumada...
mas a mesma rua.
Lembranças nuas
de tempos idos,
porém infindos, sempre revividos.

Divido-me
entre esperanças e remembranças.
Entre suspiros e andanças.
Entre o que se faz bruma,
como o desgastar nada brando
de um retrato em preto e branco.

Minha história...
minha maneira de ser e estar.
Minha sina...
derrotas, vitórias,
um modo enfim, de sempre me buscar.

Uma rua abrumada,
carregando ainda as mesmas conjeturas.
As alegrias, as amarguras.
A vontade imensa e pura
de poder parar e mirar o tempo,
que em mim se fez,
e ainda, incólume, está...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

e se...

E se repentinamente,
forma impertinente,
eu me percebesse não pertencendo
a esse mundo?
E se teus sorrisos,
fossem por mim esquecidos,
feito os pensamentos denegridos,
que perdem-se silenciosamente
sem quaisquer alaridos?

E se abruptamente,
uma inserção do meu eu
fosse inserido à um abrumar natural,
e minha imagem embaçada fosse confundida,
não fosse bem delineada e bem discernida?
E se eu me contentasse e me entregasse
à essa paisagem confusa de origem abstrusa,
tu te importarias,
ou te conformarias em me observar perdido
pelo emaranhado embaçado dos acizalhados dias?

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

olhos vendados...

Na agonia dos olhos vendados,
a dor de não ver o que passa e perceber-se ilhado...
num canto, numa aresta, numa janela,
numa noite ou num dia.
Perdido sonho, em uma casa de alvenaria.

Nada importa e nem comporta,
a capacidade de podermos estar inseridos
completamente delineados e definidos,
no contexto tempo, que nos rodeia e nos abarca.

Da janela diminuta,
apenas o sentimento de podermos
alçar mais vôos...
apenas a imaginação e o almejo,
de nos definirmos infindos,
mesmo que não consigamos retratar imagens.
Mesmo que não possamos visualizar pelo olhar,
os trajetos que constituem e respaldam nossas viagens.

No mais, um dia inteiro, uma noite inteira.
Uma poesia escrita, um pensamento, uma etérea visita.
E sempre a esperança, de que somos atemporais.
Mesmo com a mente afoita, semi solta.
Mesmo na agonia dos olhos vendados...

josemir(aolongo...)

O infinito...

O infinito não traz definições
precoces, efemeras, passageiras.
Ele simplesmente atrai-nos...
feito um fascinar mágico,
que leva-nos feito espécies corredeiras
a inserir-nos no que antes prático,
faz-se abruptamente estóico, histórico...

O infinito nada deve aos sonhos.
Ele auto viabiliza seus quereres,
e acima das dores e prazeres
aloja-se, canto qualquer...
todos os cantos.

O infinito nos indaga e nos desafia.
Sua vertente é una, e sempre se inicia,
no instante que compreendemos
que nossos corpos, possuem realmente,
um tempo bem diferente,
do tempo que o rege, do tempo dele.




josemir(aolongo...)

travessia...



O que nos faz desafiar nossos limites,
insere-se no imponderável
e se estabelece no sonho,
que nos permite, tornar acessível o inatingível,
a partir do instante em que nos entregamos,
quais viajantes, ao ato de desafiar.

Em nossas entranhas, habita o ir e vir.
Nos reconditos profundos dos nossos segredos,
o que faz-se aflorar, não são os nossos medos,
mas sim a nossa capacidade de fluir.

A travessia que nos liberta
é a imensa passagem que sugere-se deserta,
mas é onde em verdade, habitam todos os segredos e almejos
de concretizarmos nossos desejos,
e impulsionar-nos vida além...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

enquanto cantas...




Enquanto cantas,
o entorno se purifica.
O que se fêz imperceptível,
acresce-se, e agira marca e fica,
ganhando identidade...

Enquanto cantas,
o silencio reina encantado.
Olhares no recinto ficam alumbrados,
e apaixonados,
deixam-se levar pelo timbre mágico,
de tão maviosa voz.

Enquanto cantas,
destróis lamúrias, amarguras,
e constróis outras trilhas...
te fazes maravilha,
e cruzas as ruas nuas e escuras,
apenas com o ressonar de teu canto.

Curas...
refazes as procuras,
e viabiliza fascinantes encontros.
Enquanto cantas,
tu és o cintilante conto,
que sai da argentada fantasia
e assume o dia,
onde muitos corações renascem.

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

por isso alcei vôo...


Nada resolveria de vez a avidez
de meus quereres...
perdido estaria, em meio à fuligem,
se não retirasse meu pensar dos escombros
e desse de ombros ao que tentam induzir-me
como falso caminho, vertigem.
Por isso alcei vôo...
em imaginação?
Apenas lancei ao ar meu coração?
Não, penso que me libertei no todo...
tenho um imenso caminho, um soldo,
uma vantagem aberta,
reesultante do que caminhei sofrendo
pelas estradas desertas,
com todas as formas corporais expostas,
sempre buscando, sempre à cata de respostas.

Hoje, assim sigo.
Sem qualquer intenção
de burlar ou pular páginas
de meu projeto antigo.
Apenas adiantei-me...
ao invés de caminhar, procurei voar.
Um vôo incidental, que extrapolou os conceitos
vigentes e ativos, do que se abriga
num estágio normal,
e gradativamente, vou chegando além...



josemir(aolongo...)

terça-feira, 21 de junho de 2011

essencia do que vive e sobreviveu...

E se não existisse o amor verdadeiro, primeiro,
aquele que arrebata, jamais se desata,
e altaneiro, feito o mais alto dos pinheiros,
deságua cristalinamente na mansuetude das cascatas,
que fluem das corredeiras (feito cintilantes estrelas,
que no horizonte altivolitam veementes),
e se adentram pelas pedras, criando vertentes,
como se o vero e coerente,
fosse o fato do se entregar-se cabalmente,
quando plenas, as almas se afinizam e se dão?

E se não houvesse o beijo?
O que faríamos com esse imenso desejo,
que alado adeja em nosso coração?
Como seriam nossos corpos, se não nos déssemos
em pungência, em entrega, em calor?
O que seria do amor?
Talvez um resquício bem sucedido,
de algo que se fez, se criou,
mas num processo meio trôpego,
absconso, entre as estepes ficou meio que perdido,
e aturdido, fixou-se e se estagnou...

O que seria enfim o amor, se o fim do objetivo,
não fosse a constituição e a definição de corpos unos?
Talvez fossemos uma aglomerada massa,
que amalgamasse sonhos, mas não os realizasse no coletivo.
E aí o egoísmo dividiria raças, povos, credos,
como se esperança fosse apenas uma lembrança
de algo que se passou, sem se fazer real motivo.
Feito brincadeira de criança que feito dança,
sorriu e bailou...
Um trasgo de cor vivificada, que fez-se fixada
somente na mente de quem romanticamente sonhou...

Ai de nós, se não fosse esse divino sentimento...
Seríamos tão somente, folhas outonais voantes,
a se espargir por incertos momentos,
e faríamos da felicidade, perspontos sazonais,
que ao fundo nos trariam a visão de um encantado mundo,
que não habitaríamos jamais...

Por isso, quando sinto teu corpo,
inserido no meu,
de forma definida, plasmada,
sinto-me solto,
feito o que se prometeu...
Sinto-me não apenas uma parcela do sonho,
mas sim a essência do que dele,
por inteiro, sobrevive e sobreviveu...

josemir (ao longo...)

e agora?

Momentos enigmáticos de encantação.
O pra onde seguir, faz-se labirinto.
O torpor de minha querencia eu sinto
agindo sobre e sob minha emoção...
suporto.
Nos sons, tons, dons e movimentos,
a ineficácia dos adventos
assumem minhas vontades claudicantes...

Existem momentos em que desperto,
mas absolutamente espectral e incerto
deixo-me levar apenas pelo alonjar do olhar...
não caminho.
Cerro meu cenho e travo meus passos.
É que a escuridão por vezes desenha-me
um traço posto, que deposto, esconde-se.
Como se a minha frente, tudo se fizesse livre,
mas indiferente, atrelado a vontade
que nunca tive,
deixo que as oportunidades passem.
Eis que agora o caminho abriu-se
exigindo que eu o percorra...
que farei dos meus assombros, escombros,
de uma coragem diluída, que alimenta a ferida
dos meus querereres covardes?




josemir(aolongo...)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

marionetes ou manejadores?




O movimento...
como o andar silencioso
pelas ruas do interior do momento.
Pelas vielas das arestas manifestas
do pensamento.

Marionetes...
caminhar induzido.
Algo criado, para ser cumprido.
Uma sensação de prisão.
Um abafar da emoção.
Um estágio/estado de suspensão.

Quem somos, quando descerram
as cortinas do teatro?
Bonecos ou manejadores?
Passeamos pelos atos,
ou coadjuvantes atores,
passamos pelos fatos
e damos vida a uma história ilusória?

O movimento...
incólumes, passivos,
continuamos a encenar
nossas próprias falas...
nossas próprias vidas...
eis o que se faz dúvida e dívida.
Quem somos?

josemir(aolongo...)

sempre ela...


Solta...
caminho livre?
Segredos densos?

Ela...
desconhecida parcela de vida,
por vezes abstrata.

Dela...
são as aventuras coloridas.Os segredos dos nós, que desata.

Livre...
feito pedra de muro antigo
erguido com a argamassa da dureza.
Um somar de arfantes suspiros.
Várias histórias, muitas surpresas.
A predadora,
e por muitas vezes, a presa.

Bela...
mesmo com sob o açoite da vida.
Mesmo sem curar as feridas.
Mas sempre ela.
Nos sonhos dela.
Na sua forma livre.Por vezes presa.
Mas sempre bela.

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

entender-me...

Entender-me... grande desafio.
Meus desejos e almejos,
sempre estão por um triz, por um fio.

Meus questionamentos,
não têm repostas.
Somente pareceres e impressões expostas,
que por serem suspeitas e supostas,
não carregam o crivo da sensatez.


Cruzo as ruas, becos, vielas...
transgrido os conceitos e realço os meus feitos,
com a força de minha conduta.
Danço, sonho, sorrio, acendo velas.
Procuro velar pelos meus sonhos.
Eu os sou. Eles me habitam.

Entender-me... sagrado desafio.
Nesse tempo, vou reforçando meus brios,
ainda vou precisar muito deles...

josemir(aolongo...)












o dia em que as cores se deram ao confundir...




Perdidos... inseridos às brumas.
E no tempo, um denso e espesso confundir,
que ao se infiltrar pelo ar,
tornava recalcitrante o prosseguir,
negando a opção do continuar.

As cores, fizeram-se visagens
de se esgueirar.
O dito pelo não dito...
eis que o que se fazia escrito
blindava-se, abarcando o finito,
e nada definido,
ganhava força o negar.

No mesclar desse colorido enlaçado,
tudo fêz-se abalar...
o todo fêz-se ameaçado.
Os olhos já não se conectavam
aos sentires.
O ar, cada vez mais pesado,
fazia-se vigia atento, severo, encarnado,
que a cada segundo, dava origem a espinhos,
que se espargiam na trilha do caminhar.
Esse foi exatamente o dia,
em que as cores fizeram-se
aliadas as vazias idas e vindas,
fizeram-nos estar perdidos,
no sonhado momento de chegar...


josemir(aolongo..)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

inserida na poesia que vier...


No sentido dos versos,
que por certo advirão,
estarão os meus contextos.
Serão minhas visões, mescladas à emoção
das trilhas dos meus caminhos.

No poder da rima, o extravazar
de liberadas e maduras sensações.
Um algo assim escancarado,
feito ditos confessos, anunciados,
porém, veros, inteiros.
Um soerguer de intentos primeiros.
A ânsia sagrada pelo chegar de boas novas.

Na poesia, na qual espero estar inserida,
que desmembrada esteja minha vida.
Que as recordações vistam-se alegres,
e suavemente bailem,
sem que se emaranhem pelas arestas mal aparadas.
Que bailem soltas, encantadas,
feito nossos profundos projetos,
que quando tomam corpo,
aprendem a entender a alma.


josemir(aolongo...)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

mirares não se cansam...

Mirares não se cansam
de alonjar visagens...
são além das viagens,
vontades, em compasso
de espera...

Nada se exaspera,
quando nos inserimos
nos aposentos de nossa casa.
Criamos asas...
voamos.
Em verdade,
renovamos o que somos.
O que sonhamos.

Olhares resolutos,
são criadores absolutos
do que por certo há de vir.
O ir e vir.
Eterna equação,
que perdura e continuamente se aflora.

Mirares não se cansam
de esperar...
acreditam piamente,
que além das mentes
existe a emoção,
que faz-se alada.
Qual vôo de chegada.

josemir(aolongo...)

saudade, até nunca mais...

Restam-me os murmurares
consagrados em sonhos,
e nunca vividos.
Restam-me a sorte divina,
e a essência vibratória.
Carne viva.
Alma etérea.

Até mais saudade,
que inserida em mentira
criou em mim,
uma certa expectativa
e desabou, feito tira,
de retalhos gastos
sobre tudo o que eu mais valoro.

Restam-me muitas querencias.
Muitos sorrisos. Fortes evidencias.
Muita gana, e sobretudo a felicidade
da superação silenciosa... do dormir em paz.
Quer saber?
Saudade, até nunca mais...

josemir (aolongo...)

esvaindo-se...



Os cânticos ressonam fracos.
Na opacidade de nossas figuras,
que no cenário se esvaem,
muitos questionamentos...

O abrumar faz-nos esmaecer.
Assim como algo que ensaiou nascer,
e repentinamente retrocedeu...

A cada passo, um novo sentido.
A cada metro percorrido,
os porquês de nossas vertentes
fazem-se agitadas...
provocam alarido.

Lentamente assumimos,
que pouco a pouco
vamos sumindo...
feito vontade interrompida.
Feito saudade dorida.
Feito folha outonal.

josemir (aolongo...)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

a lenda...






No enfoque dos discursos.
No sangue dos percursos.
No rítmo da dança, nas tranças.
A lenda.

No lutar pelo país.
No apresentar a cicatriz.
No saber-se idolatrado, bem amado.
Na defesa feita com destreza,
contra as agruras de seu solo destruído.
No cantar redivivo e colorido.
A lenda.

No saber estar, mesmo que talvez,
na acidez do terra terra,
por certo jamais lhe faltará farta lucidez.
Por já ter partido em carne,
faz-se mais coeso, é alma.
No todo, que se faz crescente,
pois que voar lhe arremete por vezes,
de encontro a algores e pedras.
Mesmo nos momentos em que suas
canções, mansamente descansam,
eis aí um homem, que jamais se pôs à venda.
Uma lenda.


josemir(aolongo...)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

à minha espera...




Melancólico, miro a distância,
que me separa do se fêz um dia,
meu jeito de ser, minha valia.
O casarão faz acelerar meu coração,
que incrustrado na morada vazia
machucado, mais se fere, e sofre, expia...

O frio delega-me a ânsia.
A saudade, corta-me.
Minha pele, primeira instância,
não se controla e se arrepia
como se a essência, que me guia,
inspirasse meus ouvidos doridos,
que divagam pelos sons perdidos
do que hoje, modo aparente, faz-se intangível...
não crível...

Outros fluídos,
fizeram-se habitat dos meus sonhos...
mas eu caminho arfante.
Meus mirares visonhos
buscam recuperar o exato instante,
em que de forma solene,
eu adentre novamente esse abrigo,
que se faz ereto, perene,
como se estivesse à minha espera...

josemir(aolongo...)

face mágica...



Olhos semi perdidos, com o mirar
a baloiçar pelo vento, amigo do tempo...
Uma face altiva a campear boas novas.
m buscar de versos e trovas,
um desejar que ao longe,
define um pensamento.

Dá-se devota, a dirigir o que em volta,
a apraz e modo firme, a açambarca.
Um fascínio, que acaricia e abarca,
quereres e dizeres de alhures.

Um rosto, que voante,
faz com que o inconsistente jamais se dê
ao que se faz estagnado.
Um querer argentado,
que ao volitar,
leva consigo todo um querer de viver.
Uma vida, duas vidas, tantas vidas,
que até as emoções mais descabidas,
curvam-se de temor e inveja.

josemir(aolongo...)

comlexo.





Enquanto repouso as mãos,
observo ao longo meu assento...
circunvizinho-me de tudo,
acapelo-me entranhando-me ao âmago
de minhas manias, e tento entender atento
tudo o que se passa comigo
enquanto o meu corpo, imagino.

Por não entender-me fatiado,
busco-me no sentido lato.
Busco-me forma irrestrita,
mesmo sabendo que é finita
minha vida inserida ao casulo.

Observo-me, mãos apoiadas.
Procuro entender-me fora
de minhas manias calaceadas,
E confesso, sei o quanto torna-se complexo,
no que escrevo, clarejar pra outros olhos, o nexo.
Eu me entendo...
sei de minhas necessidades.
Meus pensamentos soltos,
talvez não sejam tão manifestos
para os outros.
Mas continuo me observando sentado.
De pé, com as mãos apoiadas,
e minha velha cadeira por perto...

josemir(aolongo

domingo, 22 de maio de 2011

enquanto danças...



Enquanto danças, desentronizas embustes.
Escravizas olhares e concedes
todos os dons passíveis e possíveis,
de construirem um almejado e sonhado voar.
Atinges o cime de qualquer patamar,
e hipnotizas, harmonizas...

Enquanto danças fazes esvaecer marcas , manchas.
Realizas a governadoria dos dias,
e inoculas coloridas e majestosas fantasias,
ao direito de sonhar, delirar, libertar...

Fluente e magnificente visagem.
Eis, que te fazes coragem.
e forma enraizada, telúrica,
abençoas e rezas,
todas as frases, que em música,
guardam-te, feito tesouro.

josemir(aolongo...)

a poesia jaz...



A poesia jaz...
passeia pelos incógnitos
caminhos dos prelúdios mal ensaiados.
Inconceptas aos olhosdos tolos,
ela faz-se viajora de movimentos calados,
pois que é lançada a um espaço,
habitado por opacas e abrumadas paisagens.
Outras formas de escrever espocam...
um mesclar de absintadas viagens,
pelos inócuos e cruelentos abrutamentos
bimarginados, que lado a lado, bloqueiam sonhos...
versos, rimas, enfim, tudo o que se faria encantado.
Poetas ainda sonhadores, eloquentes,
fazem-se dominados, cabresteiros.
São apenas meros objetos de torpe curiosidade.
perdidos inexoravelmente,
pelos hiatos profundos dos momentos.
Raros versos e rimas camacentos...


Dou-me desentesado...
já nada herdo, simplesmente me deserdo,
no deserto de vínculos...
eu e minhas querencias...
Poeta antes bardo,
que agora desentranhado e esquálido,
busca sobreviver do pouco
que resta dos parcos elementos de resistência,
de uma antes argentada essência.


josemir (aolongo...)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

foi súbito...



Foi súbito...
Um sobressalto.
Um constatar no ato,
que entre o espaço
e o hiato,
alguém em mim
crescia.

Forma fria...
ainda fazia-me
criança.
Ainda sonhava
com minhas
tranças.

Despertei
feito inimiga do rei.
Confesso ainda,
que nada sei.
Foi rápido.
Sorrateiro.

Foi um passar
de tempo inteiro.
Eu me perdi...
sequer sei.
Passei.

josemir(aolongo...)

eu e meus sonhos...



Sonhos misturam-se...
não têm limites.
Eles se assumem nossos,
pois definem
o que em nós existe,
é nossa missão propaga-los
...
inseri-los, abrigá-los...

Tudo o que se plasma mescla-se,
nesse adorno criado pelas almas.
Todo o mal-querer desfaz-se.
Nada existe além da calma sintonia,
entre som, sonhos, nós, canto e imensa calmaria.
Adentro-me neles,
e eles de bom grado,
abrigam-me.
Eles são meus, eu sou deles,
um sentimento mais que arraigado,
onde quereres inserem-se.

Eu e meus sonhos,
somos algo infinito.
Mesmo que eu venha a partir
do que se faz solo, matéria,
saber-me-ei abarcado
pela presença divina e etérea,
que eles concedem-me.

Bom sê-los.
Maravilhoso,
que eles em mim,
sejam e sempre estejam.

josemir (aolongo...)

mundo seguiu, universo girou...




Levito...
infinito é meu vôo.
Albatroz.
Rasgos de vontades,
que em liberdade,
florescem...
nas cores...
nos amores...

Não me importa
quantas sejam as portas.
Ninguém alijará do meu senso
esse clamor intenso,
que aquieta-me e aquece-me.

Levito.
Basta-me saber disso.
Pouso em colos novos.
Miro o mesclar de povos.
O sofrimento, parece findou...
brotou a flor, pássaro cantou...
mundo seguiu, universo girou...

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

igual, genial...




O artista...
realça, dá vida,
desmistifica.
Orla o orbe do real,
desvendando a fantasia.
Cria um novo dia.
Traz à tona as sensações.
Os dizeres, quereres,
as rimas, os versos, os seres.
Desveste os segredos.
Detona os mistérios,
e o que antes se fazia etéreo,
toma forma,define-se...

O artista,
eterno hiato entre o sonho
e o real.
A criatura, que perdura,
pois que viver
nos dois mundos o torna
mais que razão de Ser.
O faz igual...
genial...

josemir(aolongo...)

terra sagrada onde vivemos...




Fomentar o colorido...
reforçar os adjetivos
e avassaladoramente,
mostrar que o evidente
faz-se belo,
quando o singelo
exclui-se de diferenças.

Mirar as faces várias,
com olhar de essencia rara,
e descobrir, modo confesso,
que o que se faz concepto,
é o que se evidencia igual.

Repetir forma incansável,
que o que se faz admirável
independe de cotas, castas...
Abandonar o entrementes, as aspas,
e reafirmar verdades.
Sem inqüidades, sem veleidades.
Mas como povo da terra sagrada,
onde vivemos.

josemir(aolongo...)

domingo, 15 de maio de 2011

sempre continuará...



As horas...
em verdade,
são no real, sem alarde,
o ritmo exato do tempo.
O espetáculo faz-se
a medida em que nós,
eternos personagens,
entregamo-nos às viagens,
que inseridas em nossas
imagens,
comandam-nos...

O minuto seguinte
incorpora o instante,
que voa,
e eis-nos no palco.

No geral,
representamo-nos.
Somo-nos.
Embora nosso ego
conteste.Embora haja quem deteste.
Há quem em vôo cego,
faz-se mergulhar.
Mas o espetáculo continua,
e sempre continuará.






josemir(aolongo...)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

quem se habilita a ouvir?

Soltos pelos labirintos
de nosso próprio degredo,
os delirares do medo
apoderaram-se de nossa força.

Qual seria enfim,
a tão encantada libertação?
Abriram-nos as portas da rua,
e fecharam-nos a entrada do coração...

Mortos, corpos fizeram-se inertes,
pelas calçadas quaisquer,
irritantemente alvas, frias e nuas...

Quem entoou qualquer canto
ou dançou inebriado pelo encanto
de uma "soltura impura",
que carregada de conjeturas,
sepulcrou dons e ideais?

Fixo meu olhar que não se fez jazer.
Robusteço minha gana de querer.
Sobrevivo para narrar o massacre.
Quem se habilita a ouvir?

josemir(aolongo...)


terça-feira, 10 de maio de 2011

o que pra sempre haverá de ficar...



A magia torna-se
atemporal,
justamente quando
desafia...
muda o dia.
A Arte faz-se manhã,
no momento em que as mãos
da artesã,
se libertam e voam.

Corpo e alma soltos,
eis que aos poucos
o Belo cresce...
o que em verdade
desaparece,
é o medo de criar.
Buscar no natural,
a forma exata do despertar.
Eis o que faz a diferença.
Eis o que encanta.
Eis o que pra sempre,
haverá de ficar...

josemir(aolongo...)

aguaceiro...

Água...
Ablui o corpo inocente.
gente.
Mistério do que só
perambulou e sobreviveu.
Mas. cresceu.

Aguaceiro.
Um rio de mágoas,
pleno e inteiro,
que pelo tempo se espalhou.
Curou. Purificou.

Água que veio das
encostas.
Água que arrastou
vidas, casas e causos,
frágeis e expostas.
Água,
que também ressuscitou...

Água que veio da festa,
escorrendo pela testa,
deixando à mostra a fresta,
por onde muita história
fêz-se corredeira...
alimentou vidas inteiras.
Fêz fluir...

josemir(aolongo...)



AGUACERO


Agua ...
* Lave el cuerpo inocente.
Personas.
Misterio de único
vagado y sobrevivió.
Pero, creció.

Aguacero.
Un río de dolor,
plena y completa,
que por la extensión del tiempo
se ejecutó.
Sanado. Purificada.


El agua que venía de
Pistas.
El agua que se extendió
por vidas, hogares y las historias,
frágiles y expuestas.

Agua
que también levantó ...
El agua que venía de la fiesta,
corriendo por su frente,
que muestra la grieta,
donde mucha de la historia
si lo hiciera...
alimenta toda la vida.
Se iba en ...

josemir (aolongo...)

que por aí voou...



Assim vestem-se
as imagens,
que bailam em
minha mente.
São visagens...
lindas viagens,
que feito chuva,
vem e vão...
Deleites pro meu coração.
Impacto de aluvião.
Assim, procuro modo puro,
matar as saudades,
e reviver em minha alma,
o pai que um dia fui,
e hoje não sou...
Desse jeito.
Um fato feito,
que um dia,
por aí, voou...






josemir (aolongo...)

sábado, 7 de maio de 2011

ainda assim, eu busco a paz...



Talvez não habitem
em meus instantes sóbrios,
meus quereres, dizeres,
vôos e segredos.

Incógnitas, minhas palavras,
precisam ser sussurradas...
um quê de ações rebuscadas,
justamente no amago de minhas
vontades exaustivamente redesenhadas.

Não minimizo meus sentires.
Não caminho pelas trilhas rasas.
Pouco me importa se minhas asas
tenham um estreito contato,
com todos os meus atos,
na maioria das vezes,
imersos em corpos de cristais.

Ainda assim, eu quero mais...
ainda assim, eu busco a paz...




josemir(aolongo...)

domingo, 1 de maio de 2011

o que pra mim se fez princípio...



A escuridão já não me assusta...
o que em mim se faz perscruta,
é justamente o ato da escuta.
Justo aquele que aviventa minha parca capacidade
de enxergar... mas deixa estar.

Entro e saio
dos meus próprios precipícios,
eis o que ficou fadado,
como sendo meus compromissos.
Não posso em verdade fraquejar...
sequer chorar.

Meu olhar amorfo,
traz incrustado em seu fundo
todo um desejo profundo,
de poder desejar.
Quem sabe viajar?

Nada se faz modo
de me amedrontar...
cresci sentindo...
aguçando meus sentidos.

Nasci pra isso,
eis o que se fêz pra mim,
princípio...
ou quem sabe, fim?

josemir(aolongo...)

sábado, 30 de abril de 2011

ninguém interrompe as verdades...

As vertentes começam
a fluir...
o ir e vir,
mesmo contínuo, embuçado,
sempre surge
com toda a realeza.
É assim a natureza...

Os quadros das paredes.
O espreguiçar nas redes.
A tez da pele,
e as lembranças silenciosas,
tracejam a direção do olhar.
O evoluir da alma.
O som das agruras.
As noites sofridas.
repletas de dor e amargura.

Novas histórias, por certo,
serão escritas.
Belas, infinitas.
Ninguém interrompe as verdades,
nem mesmo o tempo...

josemir(aolongo...)

Nadie interrumpe verdades...

Los filamentos comienzan
a
fluir ...
as idas y venidas,
aun continua, sordo,
siempre surge
con todos los miembros de la realeza.
Tal es la naturaleza ...

Las pinturas en las paredes.
El tramo en las redes.
La complexión de la piel,
recuerdos y en silencio
discontinua dirección de la mirada.
La evolución del alma.
El sonido de las dificultades.
Las noches sufrido.
llena de dolor y amargura.

Últimas noticias, por supuesto,
serán escritas.
Hermosas y atemporal.
Nadie interrumpe verdades,
incluso el tiempo.

josemir(aolongo...)

a arte desnuda a verdade, tornando esdrúxulo o ato de mentir...



Almas que por não poderem se plasmar, se agitam.

Abluídos, os compatíveis abraçam-se.

Conceptos, os puros de alma igualam-se.


josemir(aolongo...)



perdi-me do sol...



Arbustos... uma abrumada
visão do que se faz entorno
ao coração...

Um querer desesperado,
em querer sair desse visualizar embaçado
e clarear minha visão...

Medo... qual criança,
que buscou na sombra, a esperança
e momentaneamente se perdeu...

Volto... refaço caminhos.
Tento dar rumo aos meus passos sozinhos,
mas não consigo ver a luz...

No ar, todo um denso e tenso
querer de revigorar-me... preencher-me
num ávido afã de clarear, modo intenso...

Aquieto-me...
sinto que nesse revolver inconcepto,
desatei laços, afastei-me dos reflexos.
Perdi-me do sol...


josemir(aolongo...)

marinaio di navigare più in profundità...

Tante storie ...
Joanas, margherite, Marie.
Incantesimo ...
mantenere una preghiera,
una famiglia dove ad aspettare.
Il momento sublime.
Mare, l'acqua, il sibilo.

Vecchio barche.
Sfide sotto gli architempo ...
la rabbia e la calma di vento.
Il volto sfregiato,
Lungi dall'essere stanco
emoziona ancora
con la prospettiva di nuovi giochi.

Il padrone del mondo ...
marinaio di navigare più in profondità.
Il narratore.
Il re, che vinse il caos diversi.
Il vincitore ...



josemir (aolongo...)







tecendo dias, poetando vidas...




Tecendos destinos...
fragilizando desatinos
e poetando vidas.
Uma intensa fagulha eterna
e insípidas investidas,
que indescritiveis,
traduzem laços...
Uma forma concepta
de dizer sim à poesia,
como razão de existencia
definida...

As pessoas sobem e descem...
As pessoas alternam-se.
Eis que se faz preciso
tecer-lhes novos caminhos.
Eis que se faz preciso,
através de rimas e versos,
resgatar o doce do mel.
A beleza do céu.

Pessoas precisam ser poesias...
está escrito, nas verdades dos dias...






josemir(aolongo...)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

minha porta pra voce, eu jamais abriria...

Nem que seu sorriso
se fizesse nuance
de calmaria.
Nem que se vestisse
de guiso,
eu jamais a incluiria
no alumbrar
de meu dia.

Nem que fosse preciso
fazer-me severo...
nem que me travestisse
de austero.
Nem que voce viesse
com a mais cintilante
fantasia,
a minha porta pra voce,
eu abriria...

josemir(aolongo...)

sagrada, amada e eterna...

Um raio de luz...
uma magia,
que durante o dia
seu rosto definia.
Estrela maior.
Um ser, que a prior,
somente amava.
Uma esperança,
que se soltava
e encantava
os atônitos.

Uma senhora.
Dona da minha,
e de várias vidas.
Uma mãe...minha mãe.
Sagrada, amada.
Eterna...

josemir (ao longo...)

poetas, o brujos?



Cuáles son
cuando se escribe?
Una emoción,que hierva?
Uno sentir enVerve?

Qué quiere decir
cuando escribo?
Tú que me lees,
accidentalmente
ser continualo mismo?
O lanza dardos
sin rumbo,
cómo escribir
sólo fue
palabras de enlace?

Lo que tenemos
cuando ponemos
en evidencia
nuestra esencia?
Poetas, o brujos?

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

os poetas e seus premios...

Na sisudez dos caracteres, que açambarcaram os habitantes da cidade dos "poetas", fêz-se evidente um poetar interesseiro. Calei-me... jamais faço-me à frente da inspiração, pois necessito-lhe.Vesti-me de nada, perdi-me de minha sombra, e de um vão estreito, assisti o que construiram em nome da poesia. Acheguei-me à margem do rio e senti de forma bem direta, o que me passava de magia, sua reflexiva e agredida água.Corrente calma, brisa sorrateira, benzi-me.Mas o habitantes, pelos bares, expunham o cintilar de suas medalhas... o tilintar de suas moedas. Seus prêmios.


josemir(aolongo...)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Due mondi...




Due mondi ...
che di Ana, i Thais,
di Chico, di Pietro...
e il mio ...
Indietro,
Mi astengo
Luci esposti
Miro e la finestra.
Opportunità di chiarezza ...

Nel mondo di Anna,
Thais, di Chico, di Pietro
tante luci ...
artificiale.
Tutto il resto
è infuriato.
Fine profonda ...

Due mondi ...
Io preferisco di trovar
sullo sfondo.
Il mio e la loro.
Una ragione di infinito
definirli ...
una verità incontestabile,
che è nascosto ...



josemir (aolongo...)

ella, la santa...



Ella acaba de ella ...
simple,
Una silueta inclinada
ventana,
para saludar con ojos tristes,
los que caminaron
la acera.
Una figura mística.
Una porción de un viaje
que pareció detenerse.
Firma. Manos lívida.
Y la intención de mirada fija.
Una fracción de belleza.

Una santa?
Una oración ...
muchos creen.
Mucha fe
salpicado por el aire.
Ella ... pronto se
un presagio de las promesas.
Un ir y venir de mensajes hermosos ...
ella, la santa.

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

José e Olímpia...

Eu orgulhoso,
vizinho de José...
marido de Olímpia.
Orgulho de pé,
enquanto o golpe militar
avançava.
Escuro céu.
Quatorze crianças
ao léu.
José, preso...
"um terrorista!",
asseveravam os milicos.

Olímpia e seus filhos,
um tanto quanto
fora dos trilhos,
acreditavam sempre
num novo pôr do sol.

Muitos anos se passaram...
muitas injustiças rolaram.
Os quatorze filhos de José,
romperam barreiras.
Fizeram-se em nome
de Deus,
abarcados por Olimpia.
Certo dia,
a tarde mansamente
caía...
a silhueta de José,
fez-se visível ao longe...
livre, José sorria.
Consciente, José zombava
dos milicos,
apenas sorrindo,
enquanto o seu sofrer partia...

Os filhos de José e Olimpia,
ainda vivem as marcas.
Mas venceram.
As más lembranças morreram.
Assim como os milicos...
Assim como José...
assim como Olimpia...

josemir(aolongo...)

cessar o chorar....

Um trago... um afago,
uma resposta ensaiada.
Um conto de fada.
Tudo vale...
quando o objetivo
é cessar o chorar.

Uma canção pra cada coração.
Uma trilha onde as folhas
têm o poder de escolher
o trajeto.
Uma recordação, um objeto.
Um sim...
tudo enfim vale,
quando o objetivo
é cessar o chorar.

Um abarcar apertado.
Um querer explicitado.
m sorriso, duas cores.
Um passear entre flores.
Tudo vale...
quando o objetivo
é cessar o chorar.

Josemir(aolongo...)





detener el llanto

Una bebida ... un abrazo,
una respuesta ensayada.
Un cuento de hadas.
Todo es válido ...
cuando el objetivo
es detener el llanto.

Una canción para cada
corazón.
Una pista donde las hojas
tienen el poder de elegir
la ruta de acceso.
Un recuerdo, un objeto.
Un sí ...
finalmente, todo lo que vale la pena,
cuando el objetivo
es detener el llanto.

Un fuerte abrazo.
Querer explícito.
Una sonrisa, dos colores.
Un paseo entre las flores.
Todo es válido ...
cuando el objetivo
es detener el llanto.

josemir(aolongo...)

escravos de ilusiones...

El sueño de llegar a la esfera de sus límites, denigra Visagens.
Algo extraño, que cubre el interior de los viajes al extranjero,
y he aquí, el color, se convierte en la oscuridad ...
Vivir en un sueño, nos hace entrar en pesadillas.
Mejor no tener luego ...
Mejor seguir despierto
soñando a pocos minutos en libertad,
en los que no son esclavos de las ilusiones ...

sem máscaras...

Quando busco minhas vontades,
sou qual criança a procura de acalanto.
Sou um pedaço de solo de uma melodia,
que atravessa sol, lua, dia...

Eterno, busco uma guarida.
Eis que minha alma,
desliza sobre medos tantos,
e enquanto isso, faço-me cantor.
São esses meus instantes...
e sou-me... absolutamente,
sem máscaras...

sin máscaras...

Cuando llego a mis deseos,
Soy como un niño en busca de cunas
Estoy un poco de una melodía en solitario,
que atraviesa el sol, la luna, el día ...

Eterno, busco refugio.
He aquí, mi alma,
e desliza en tantos miedos,
y mientras tanto, hago un cantante.

Estos son mis momentos ...
y estoy absolutamente
sin máscaras

escravos de ilusões...

O sonho ao atingir o orbe dos seus limites, denigre visagens.
Algo de estranho, cobre as entranhas de estranhas viagens,
e eis que o colorido, transforma-se em penumbra...

Viver em sonho, nos faz inserir em pesadelos.
Melhor então não tê-los...

Melhor seguirmos despertos,
sonhando apenas os momentos libertos,
onde não somos escravos de ilusões...

domingo, 24 de abril de 2011

como se nunca tivéssemos saído do lugar...

Parece...
são instantes
na vida,
em que pensamos
ter vivido
situações de agora,
no ontem...
semelhanças.
Um eclodir
de coincidências (?)...
Um perecer intenso
de essências.
Um diminuir de
tendencias,
realmente voltadas
para algo de bom...

Engraçado como os
momentos vividos,
nos deixam por vezes
encolhidos,
como se nunca tivessemos
saido do lugar...

quando formo novos caminhos....

Um atropelo... uma saga. Um caminhar deveras tortuoso, nessa viagem minha, em mim. Muitas curvas. Uma estrada sinuosa, feito o meu pensar quando inserido em pensares inócuos. Uma vontade enorme de salvaguardar-me... esconder-me? Não... apenas tomar ar, poder respirar e sentar-me junto aos andarilhos das ruas, puros, enquanto consolados.

Mas, nada colocar-me-á aquem de minhas verdades. Quedas não tornarão inertes, os meus movimentos. Sorrisos mesmos, anulam-se... não mais os percebo. Não mais os ouço. Pra isso e por isso, minha forma de ser. Quando exausto, peço guarida aos meus sonhos, peço-lhes que meenviem inspiração. Metamorfose. De forma rápida, mudo pensar e rumo. Por isso minha saga, apresenta-se eternamente disposta por um trilhar pra mim desconhecido. Por isso, minhas dores já não gritam... não causam alardes. Por isso, minha alegria discreta.

E enquanto o tempo rola, deixo-me levar pelos novos caminhos formados.


josemir(aolongo...)

sentiu-se o espocar dos sorrisos...

Novas visagens fizeram-se...
Brotaram nas ruas,
nuances de esperanças...
mesmo que turvas.
Mesmo que nuas.

Sentiu-se o espocar
de sorrisos...
longe de se pintar
um paraíso,
ascenderam-se imagens
vivas e ativas numa
escuridão,
onde antes a vida,
agonizava...

josemir(aolongo...)

meus próprios erros...

Não me interessa estar amalgamado, às impressões insistentes, de que minha vida é nômade, com uma tendência extrema, a mergulhar no desânimo. Sou menino mar... sou menino céu... sou o que escrevo no papel, nada mais.

Minhas andanças são o fruto de tudo o que se somatizou, após minhas intempéries e sensações outras.

Meu sorriso faz-se vero... e raro.

Sou também um colhedor de percepções. Um ser humano, que se notabiliza, justamente pelo fato de não me notabilizar.

Não me interessam comentários escusos, nem as últimas noticias sobre o que rola nas rodas sociais. Não me ferem as setas malfazejas dos maus intentos.

Importa-me caminhar... seguir livre, mesmo sobrecarregado pelo peso dos meus próprios erros.


josemir(aolongo...)