sábado, 30 de julho de 2011

já chorando adormeci...

Já rociei o orbe,
onde habitam
meus duendes e reis.

Por lá, entre os reflexos doirados
dos cristais,
que enfeitam meus sonhos,
pude encontrar-me risonho,
com muitos dos meus,
que se fizeram parcelasda brisa,
que por lá mansamente desliza...

Foi bom enquanto pude...
cantei, bailei.
Mesmo denso em casulo,
movimentei-me com a leveza do etéreo...
não vi melindres, misérias, mistérios.

Enquanto voltava,
a mágica ode silenciou...
senti-me denso novamente.
O sol,
quando à terra retornei,
fazia-se parceiro do fogo,
tamanha a intensidade do calor.

Corri,
me alinhei
sob a sombra da amendoeira,
e já chorando de saudades,
adormeci.

josemir(aolongo...)

no que se predispos a acontecer...

Não apaguei meus rastros...
tampouco escondi-me
do brilho dos astros.
Apenas parti.
Simplesmente fiz-me
seguir,
assim como seguem
as águas,
isentas de mágoas.

Não recolhi meus
traços e nacos.
Não me omiti,
entre hiatos, pitacos.
Apenas silenciei-me.
No que se predispôs
a acontecer,
optei por aquilo
que de melhor
podia fazer...

josemir(aolongo...)

fue repentino...



Fue repentino ...

Un comienzo.

Una nota sobre el acto,

que el espacio entre


y la brecha,
alguien en mí

creció.



Tan frío ...

todavía me hace

infantil.

Sigue soñando

con mitrenzas.

Despertar

hizo un enemigo del rey.



Confieso también

Yo no sé nada.

Eso fue rápido.

Sigiloso.

Fue un pase

tiempo completo.

Me perdí ...

ni siquiera conozco.

Pasó.



josemir(aolongo...)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

o moço não canta mais...

A voz… a paz…
a mesma esquina
onde dividia minha sina,
recontando histórias…
revestindo sonhos…

Hoje passei por lá…
esquina havia,
histórias e sonhos
perderam-se num tempo,
onde o tempo vero estancou….

A voz… a paz…
a esquina hoje abriga o silencio.
O moço não canta mais…

josemir (ao longo…)

muitos anos luz nos separam...

Talvez eu precise assumir o que em mim,
por vezes se aflora, pelas ruas, vielas...
sim, eu sou mais uma delas.
Uma dinamica saltimbanca, que não se atrela.
Que não se deixa perder entre lacunas ou hiatos.
Meus quereres viajam livres pelas trilhas que vivi,
sou um intenso ir e vir, um constante seguir.
Não ato meus atos, não deslizo em batéis,
por acidentados riaçhos, onde meus dedos,
podem perder-se, assim como os anéis.

Pra saberes de mim,
preciso será muitos mais que um algo qualquer afim.
Talvez minhas respostas sejam meus sorrisos,
que embalados pelos sons dos guizos,
também se assumem, no direito de chorar.
Minha definição de ser,
perspassa o contexto incoerente
e pousa nos ombros dos seres e nos pingentes,
que abeiram meus caminhos livres, porem perigosos.

Talvez jamais assumas o que em mim se faz solidificar.
É, que embora tenhamos vindo do mesmo lugar
muitos anos luz nos separam...
uma distancia de essencia milenar.
Por isso, o motivo que me leva a andar só...

josemir(aolongo...

terça-feira, 26 de julho de 2011

nada se faz fluir em minha cidade... (Volta Redonda)

Tudo se desfaz em minha cidade...
até as ilusões de criança.
Os mandantes, gastam a rodo.
Empilham e espalham nas ruas,
promessas retrógradas. inúteis.

O povo aplaude.
Não sei se por falta de coragem,
ou por estar engajado a uma politica de fachada...

Nada flui em minha cidade, nem o trânsito.

josemir (aolongo...)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

adejando pelo céu azul dos teus sonhos...

Toca-me ou leva-me...
resvala teus lábios nos rastros de minhas palavras,
e ensina-me a recomeçar... do fogo.

Quem sabe após tocar-te,
eu consiga adejar pelo céu azul
dos teus sonhos livres feito astros?

Canta e conta tuas canções e causos.
Embeveça-me, inserindo-me em teu fascinio,
revivificando minha saga de poeta,
trazendo pura inspiração pra adornar meu raciocinio.

Mira-me ou me ignore.
Mas nunca deixes que eu implore
pra estar e habitar os quereres teus...

No mais, que eu me empenhe em estar contigo,
feito alegrado ser antes sofrido,
que conseguiu abrigo,
ao perceber poder amar-te...

josemir (aolongo....)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

busco-me, sem essa de crise existencial...

Nem sei... em verdade, minhas pseudo verdades ganharam tons místicos. Não sei se ao contorcer-me em corpo, no ritmo dos espasmos pré admitidos, eu retiro o que se faz etéreo em minhas formas todas. Não quero menear pelas margens lodosas de meus pantânos escondidos. Sei da minha escuridão. A concebo, embora não a aceitando, e sim assumindo-me um mutante. Não caminho pelas avenidas com a avidez daqueles que visam descobrir boas ou más novas. Consinto-me um tanto quanto acuado, feito uma presa preparando-se para uma repentina fuga. No resto, meu rosto impregnado por rugas temporárias, assume um ar circunspecto, e afere-se, quem sabe no futuro, novos sorrisos. Mesclo-me à multidão. Perco-me entre os desejos vários, que assumem seres e comportamentos. Opto pelo meu caminho, embora as opções estejam assustadoramente escassas. Não me nego a falar, mas muito mais que isso, penso. Plasmo meus pensamentos. Deixo-os construídos para poder obter respostas, quando indagado. Diriam os mais "brilhantes", que tudo isso não passa de uma crise existencial. Fislosofia rara e falha. Ninguém faz-se crise, quando procura soluções. Crises são sinonimos do estagnar-se em filosofias vazias. No todo, o que realmente faz-me crescer em espirito, é a vontade indômita de procurar voar. O que sobra, são as migalhas perspontadas por temas e conceituações vazias.

josemir(aolongo...)

o tempo...

O tempo...
inexorável, visivel e veemente tempo.
Um algo maior, que nos habilita
a saber que a necessidade é infinita,
assim como o são os desejos, os prazeres.

O tempo...
algo tido como indescritível,
para quem lhe desacretida.
Mas singelo e absolutamente crível.
Cabal... pleno.

O tempo...
um advir bendito,
que nos coloca face a face
ante nossas verdades e mentiras...

o tempo...
aquele que tudo desvenda.
Aquele que tudo desnuda.
Aquele que nos domina,
e irreversivelmente nos muda.

josemir(aolongo...)

a mesma rua...






A rua, agora abrumada...
mas a mesma rua.
Lembranças nuas
de tempos idos,
porém infindos, sempre revividos.

Divido-me
entre esperanças e remembranças.
Entre suspiros e andanças.
Entre o que se faz bruma,
como o desgastar nada brando
de um retrato em preto e branco.

Minha história...
minha maneira de ser e estar.
Minha sina...
derrotas, vitórias,
um modo enfim, de sempre me buscar.

Uma rua abrumada,
carregando ainda as mesmas conjeturas.
As alegrias, as amarguras.
A vontade imensa e pura
de poder parar e mirar o tempo,
que em mim se fez,
e ainda, incólume, está...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

e se...

E se repentinamente,
forma impertinente,
eu me percebesse não pertencendo
a esse mundo?
E se teus sorrisos,
fossem por mim esquecidos,
feito os pensamentos denegridos,
que perdem-se silenciosamente
sem quaisquer alaridos?

E se abruptamente,
uma inserção do meu eu
fosse inserido à um abrumar natural,
e minha imagem embaçada fosse confundida,
não fosse bem delineada e bem discernida?
E se eu me contentasse e me entregasse
à essa paisagem confusa de origem abstrusa,
tu te importarias,
ou te conformarias em me observar perdido
pelo emaranhado embaçado dos acizalhados dias?

josemir(aolongo...)