domingo, 22 de maio de 2011

a poesia jaz...



A poesia jaz...
passeia pelos incógnitos
caminhos dos prelúdios mal ensaiados.
Inconceptas aos olhosdos tolos,
ela faz-se viajora de movimentos calados,
pois que é lançada a um espaço,
habitado por opacas e abrumadas paisagens.
Outras formas de escrever espocam...
um mesclar de absintadas viagens,
pelos inócuos e cruelentos abrutamentos
bimarginados, que lado a lado, bloqueiam sonhos...
versos, rimas, enfim, tudo o que se faria encantado.
Poetas ainda sonhadores, eloquentes,
fazem-se dominados, cabresteiros.
São apenas meros objetos de torpe curiosidade.
perdidos inexoravelmente,
pelos hiatos profundos dos momentos.
Raros versos e rimas camacentos...


Dou-me desentesado...
já nada herdo, simplesmente me deserdo,
no deserto de vínculos...
eu e minhas querencias...
Poeta antes bardo,
que agora desentranhado e esquálido,
busca sobreviver do pouco
que resta dos parcos elementos de resistência,
de uma antes argentada essência.


josemir (aolongo...)

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